SEGUE-ME

No Santo Evangelho da segunda-feira da XIII Semana do Tempo Comum, Nosso Senhor se depara com duas vocações. Ao primeiro, de ímpeto generoso, Nosso Senhor alerta para as dificuldades pelas quais Ele passa e que passarão também os seus discípulos, uma vez que o discípulo não será mais do que o Mestre.
O segundo a se aproximar de Jesus é aquele que espera o momento mais oportuno: "deixa-me primeiro enterrar meu pai" ou seja, "depois que meu pai tiver morrido eu te seguirei".
Esse é um exemplo de todos aqueles que se deixam levar por uma certa "mística do oxalá" ou, num português ainda mais claro, a "mística do quem dera..."
"Quem dera tivesse nascido no século passado, naquele tempo seria mais fácil ser um bom cristão..."
"Quem dera fosse mais jovem"... "Quem dera fosse mais velho"... "Quem dera tivesse outro emprego"... "Quem dera fosse solteiro"... "Quem dera fosse casado"...
Essa" mística do quem dera disfarça", sob a máscara de um fervor religioso, as desculpas que damos para um seguimento medíocre, ou abaixo do medíocre, do Senhor.
Caros amigos, o Santo Evangelho não nos traz o final dessas duas histórias, porque talvez elas sequer tenham tido um início. Não se responde à vocação cristã num ímpeto, nem tampouco num momento futuro tão oportuno que, muito provavelmente nunca existirá.
O Senhor nos chama - a todos - hic et nunc, aqui e agora! Nesse aqui e nesse agora da nossa vida.

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