BENTO

Ao iniciar a primeira biografia de S. Bento, S. Gregório Magno se utiliza do próprio nome do Santo Abade para indicar que era abençoado (Bento) por graça e por nome. São Bento não só foi abençoado, como se tornou uma fonte de bênçãos para toda a Santa Igreja.
Seu espírito firme e equilibrado que transparece de forma diáfana em sua Santa Regra, foi o instrumento que Deus se utilizou para estabelecer ordem entre os monges do Ocidente e para um pouco depois levar aos povos do que seria hoje a Europa a cruz, o arado e o livro.
Foram os monges, filhos de S. Bento, que foram enviados para evangelizar os povos que estavam ou no paganismo ou na heresia ariana, foram eles que, com seu voto de estabilidade, ensinaram a esses povos a cultivar a terra em que viviam e deixarem de ser nômades que apenas exploravam o que a terra tinha naquele momento a oferecer, foram eles que se consagraram a copiar livros e mais livros salvando não só os escritos religiosos mas a própria cultura greco-romana.
Tudo isso a partir de um homem que não só quis ser abençoado, mas abençoar.
Queridos amigos, ao se deparar com aquela Roma decadente o jovem Bento resolveu sabiamente fazer-se ignorante daquele mundo que desmoronava para se tornar aluno, e posteriormente mestre, na escola do serviço do Senhor.
Também nós parecemos viver numa época semelhante, onde o ideal da virtude se esmaece diante da sordidez de todos os vícios praticados, também de nós quer o Senhor que entremos nessa escola e, tendo Bento por mestre, aprender a nada antepor ao amor de Cristo.

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