"Dá a quem te pedir emprestado", nos disse Nosso Senhor no Santo Evangelho dessa segunda-feira da XI Semana do Tempo Comum. A generosidade é uma admirável virtude cristã que sem abster-se da justiça, vai além dela e a completa com a máxima medida do amor.
Existe aquilo que é devido a cada um, o que, se negamos, seria um pecado. Mas existe igualmente aquilo que podemos dar ao outro "não por seus belos olhos", mas por reconhecermos nele o próprio Cristo: isso é a generosidade.
Foi esse que fez com que a Igreja ao longo de sua milenar história transpusesse jubilosa o portal da mera filantropia assistencialista para estabelecer na civilização cristã o ideal máximo da caridade.
A caridade cristã brota do reconhecer no outro a face de Cristo, de modo que a ação feita ao outro se dirige diretamente a Cristo.
Foi essa grande verdade que iluminou o então catecúmeno S. Martinho ao dividir a sua capa com o pobre transido de frio. Foi isso que levou S. Vicente de Paulo a chamar os pobres de seus "amos".
Reconhecer Cristo.
Caros amigos, graças a Deus há inúmeras obras que já se ocupam dos pobres, em todas as dimensões, cada vez mais crescentes, da pobreza. E muitos católicos já colaboram nessas iniciativas. Mas que nunca nos falte a alegria de dar aquela ajuda pequena, imediata ao "Cristo disfarçado" que nos alcança nas esquinas e calçadas de nossas cidades.

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