APASCENTA

Quase concluindo o Tempo Pascal, ouvimos novamente essa tão afetuosa aparição do Cristo Ressuscitado aos discípulos. O texto de hoje apresentou-nos aquela cena entre S. Pedro e Nosso Senhor: "Tu me amas - Apascenta" é o centro desse diálogo. Recordava ja S. Agostinho que "apascentar é um ofício de amor", que como todo amor autêntico é um transbordar do amor a Deus. Pedro não é chamado a apascentar porque ame as ovelhas, mas porque ama o Senhor.
O amor às ovelhas, desconexo do amor ao Senhor, seria causa de graves perigos, sobretudo para as ovelhas. E poderia levar Pedro e as ovelhas para o abismo.
O amor de Pedro ao Senhor lhe dá a solidez da rocha para que possa conduzir as ovelhas por caminhos que talvez elas não escolhessem por si mesmas.
Caros amigos, todo amor necessita ser decorrência do amor a Deus.
O padre em sua paróquia, não está para fazer a sua vontade, muito menos a do povo, mas a de Deus. Os esposos cristãos não existem para orientarem-se um ao outro, mas para orientarem um e outro a Deus. E assim, todo amor que não tem em Deus a sua fonte e o seu cume mais cedo ou mais tarde se torne posse.
Pedro sempre saberá que as ovelhas não são suas. E não se preocupa com isso. Não quer a simpatia das ovelhas porque já lhe enche o coração o amor do Senhor.

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