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No Santo Evangelho dessa sexta-feira da IV Semana da Páscoa, ouvimos uma das auto-afirmações mais fortes do Senhor: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. O texto grego reafirma o artigo definido: o / a.
A divindade de Cristo, Caminho, Verdade e Vida, se manifesta nessas palavras, tal como "antes que Abraão existisse, EU SOU...". Consideradas em seu real sentido, essas palavras só podem fazer que entendamos o Cristo como o Verbo Humanado ou como... um louco.
Os grandes avanços dos estudos bíblicos  trouxeram como um vírus o questionamento do que realmente Jesus teria dito ou que foi uma reflexão da "comunidade". De modo que se chegaria a se distinguir um Jesus histórico, homem, profeta, questionador e pregador da paz e do amor, do Cristo da Fé, que seria apenas um reflexo das aspirações messiânicas das comunidades primitivas.
E nesse ponto, o Evangelho de João seria o menos histórico. E, portanto, o seu Cristo seria menos real.
Assim, Cristo não é mais o, mas se torna um... Um a mais, um caminho dentre tantos outros.
Se num momento permitiu Deus que as pessoas seguissem seus caminhos, após a encarnação do Verbo, o Pai apresenta o seu único caminho, Cristo.
Por isso, o católico é naturalmente proselitista.
Ou seja, o católico naturalmente deseja trazer os outros para o único caminho que é Cristo. Se não é assim, ou é porque não se importa com os outros ou não crê realmente em Cristo.
Jamais se "forçaria" a conversão, é evidente, mas igualmente jamais se teria descanso, especialmente no que diz respeito à oração, à penitência e à paciência para tentar sempre como o mel atrair as pessoas para Cristo.
Queridos amigos, o arrefecimento do zelo apostólico que constatamos não é outra coisa que um enfraquecimento da nossa fé. É uma fé fraca que mostramos nos encontros ecumênicos, é uma Igreja indiferente que parece pedir desculpas pelos milenares esforços de trazer todos ao único rebanho e ao único redil.
Não! Força! Santa Teresinha não se sacrificava no Carmelo para que todos vivessem felizes em suas religiões, mas para que um missionário chegasse até os pagãos e tivesse sucesso na sua missão de converter.
Nós também necessitamos redescobrir o imperativo missionário que existe no próprio nome católico.

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