MAIO

"Ai, que Senhora tão bonita!"
Com sua candura angélica e columbina simplicidade assim repetia S. Jacinta Marto após ver pela primeira vez a Santíssima Virgem em Fátima. Sendo o exterior um reflexo do interior, nada mais natural que a mais excelsa das criaturas fosse também a mais formosa.
Iniciando hoje o mês de Maria, gostaria de refletir sobre três aspectos de Maria Santíssima.
Há uma canção piedosa que atribui à Virgem três imagens: Maria mons, Maria fons, Maria pons.
Olhamos para a Virgem como o monte, a montanha de todas as virtudes. Enquanto em nós só há vales e depressões, Ela é o elevadíssimo monte que o Senhor amou para construir sua cidade. Nela todas as virtudes se unem e se completam como as rochas de uma bela montanha.
Ela também é a fonte de todas as graças. O anjo a chama de transbordante de todas as graças. Deus cumulou Maria de todas as graças para que, a partir d'Ela essas mesmas graças transbordassem sobre a humanidade.
E é ponte. Nada há em nós que pudesse atrair a benevolência de Deus. Ao contrário, os nossos pecados, a nossa baixeza, afastam Deus de nós. Por isso quis Deus criar uma ponte, uma criatura que sendo humana, pudesse ter algo que lhe atraísse o olhar. Assim através de Maria, Deus estabelece uma ponte com a humanidade, por Ela poderá Ele chegar até nós pelo mistério da Encarnação.
Queridos amigos, em muitas paróquias o mês de Maio não têm sido mais o mês de Maria. Alguns pensam que dar ênfase à Nossa Senhora no mês de maio, tiraria a atenção do Tempo Pascal... o que é substancialmente a mesma objeção protestante para o culto a Nossa Senhora... Não se rezam mais o terço e a ladainha, não se enfeitam suas imagens, não se fala sobre Ela.
Revivamos interior e exteriormente as belíssimas práticas desse mês na certeza de que seguimos o caminho indicado pelo Cristo que nos deu Maria Santíssima por Mãe no contexto de seu mistério pascal.

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