VENTO

Ao falar daquele que nasceu da água e do Espírito, Nosso Senhor usa a imagem do vento. Tal como o vento segue caminhos conhecidos apenas dele, o que nasceu do água e do Espírito trilha caminhos desconhecidos.
O Batismo que recebemos - e essa realidade batismal é muito forte no contexto da Páscoa - nos leva a sermos misteriosos, ou mesmo rebeldes como o é o vento.
Uma rebeldia que não é a pura contestação do adolescente em crise, mas é um sair daquilo que o mundo pagão espera de nós.
Hoje há muitas pessoas que se consideram rebeldes, contestadoras e livres, mas não percebem que estão seguindo exatamente o caminho da massa. Não obedecem a Deus e à Sua Santa Igreja, para obedecer os produtores de TV e os influenciadores digitais.
São tão escravos que já não se consideram escravos. A escravidão à esses senhores tornou-se para essas pessoas como que uma segunda natureza capaz de mudar sua cosmovisão, seu pensamento, seu vocabulário e até seu cardápio sem perceberem que perderam completamente o domínio sobre si.
A isso se antepõe a liberdade do vento.
Incapaz de ser aprisionado ou armazenado, livre por natureza e definição.
A tudo toca, mas nada o pode deter.
Esse é aquele que nasceu da água e do Espírito. É livre. Tão livre que liberta-se até de si mesmo para seguir as inspirações de Deus.
Não se molda às modas mundanas, não é uma espécie de  "vintage" ou de "avant-garde" , é muito mais do que isso, porque se deixa conduzir pelo Senhor do tempo e da eternidade.

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