PÁSCOA

A celebração da Vigília Pascal, mãe de todas as vigílias, é o ponto mais alto do ano litúrgico. Se a liturgia fosse uma música, o refrão seria "Páscoa", por isso a celebração da Vigília Pascal em toda a sua densidade se apresenta como uma verdadeira recapitulação de toda a vida da Igreja e da própria raça humana.
Da criação do mundo à volta do Senhor, tudo se faz presente nessa noite santa.
Desde o fogo novo, à aspersão da água, o azeite derramado, toda a criação, também vem significar e homenagear o triunfo do Senhor Ressuscitado.
Ele é o novo "No princípio" como ouvimos na primeira leitura. Na voz de Isaac que se salvaria: "Meu pai..." ouvimos a pergunta daqu'Ele que não foi poupado, a voz do Filho sacrificado para salvar os escravos. Mais do que fazer para nós a Páscoa, Ele é a Páscoa! Ele nos conduz pelos mares da vida à salvação. É o Esposo que desposa a esposa no leito da cruz. É a fonte sempre aberta, sempre viva, sempre gratuita para todos os que tem sede. É a Sabedoria que vista na terra dos homens deixa-se encontrar. É o Santo que não mais expulsa o pecador, ao contrário, mostra a sua Santidade santificando o pecador como banho da água pura que brota de seu lado aberto. É aquele que destrói o medo e o poder da morte deixando-Se morrer, para que morto uma vez, possa ser o vencedor para sempre.
É o nosso Cordeiro Pascal que apressa-se em levantar-se do sepulcro nas primeiras horas da madrugada para que se cumprissem no prazo mais breve os três dias em que como Jonas estaria oculto dos olhos do mundo.
Esta é a noite! Esta é a Páscoa!
Deixemo-nos contagiar por essa renovação cósmica que destrói trevas, pecado e morte para a partir deles gerar luz, salvação e vida.


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