NINGUÉM

No Santo Evangelho dessa terça-feira da quarta semana da Quaresma, ouvimos a leitura do paralítico na piscina de Betesda. 38 anos...
38 anos ali, se arrastando em direção à piscina e sempre chegando atrasado.
Aqui a sua própria doença assumiu uma força menor. O seu problema real era não ter ninguém.
Tanto que diante da pergunta de Jesus se ele queria ficar curado, antes de falar da piscina, o paralítico fala o seu real problema: "Não tenho ninguém".
Se tivesse, talvez nem precisasse estar ali.
Não tenho ninguém.
A sua companhia eram os 38 anos em que ficou ali junto com os outros doentes mais sortudos que ele.
Queridos amigos, há muitos que nos cercam e não notamos. Eles silenciosamente gritam para nós: "Jogue-me naquela piscina de misericórdia que brota do lado direito do Templo que é o próprio Jesus!". Eles gritam isso para nós através de sua tristeza, de seu mal-humor, de seus risos vazios...
Que eles nunca possam dizer como aquele paralítico da piscina de Betesda: "Eu não tenho ninguém".
Sejamos o alguém que os faça mergulhar na piscina que desejam, ainda que não saibam.

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