NÃO PEQUES MAIS

No Santo Evangelho desse V Domingo da Quaresma, ouvimos a leitura da mulher adúltera.
Aquela cena, armadilha que os mestres da Lei e fariseus prepararam para Jesus, se desenrola no Templo, quando Nosso Senhor retorna do Monte das Oliveiras.
Ali, o Senhor tem o seu ensinamento interrompido pela confusão que armaram, e no meio de tudo, a mulher jogada aos pés do Senhor.
Diante de tudo isso, Jesus se põe a escrever no chão. Os mestres da Lei e fariseus continuam provocando Jesus, que recorda a todos a nossa condição de pecadores.
Nosso Senhor não diminui o pecado da mulher adúltera, mas recorda aos judeus e a nós que somos pecadores, tanto quanto...
Na intenção dos mestres da Lei e fariseus não estava o respeito à Lei, nem o desejo de conversão da mulher. Queriam apenas colocar Nosso Senhor numa situação delicada.
Após a saída dos acusadores, Nosso Senhor se dirige a mulher, e mostra a ela que Ele não veio para condenar, mas para salvar. E aqui estão duas frases que não podem jamais ser separadas: Eu não te condeno. Vai e não peques mais.
A não condenação do Senhor está substancialmente ligada ao não pecar mais da mulher.
Esse não pecar mais, não significaria que a mulher a partir de então teria uma vida ilibada, o que é muito difícil, quase impossível, a nossa natureza humana decaída, mas que o pecado pelo menos deixaria de ser o estado habitual de sua alma.
Alguém certa vez inventou um versinho: "A roda da vida vou lhe ensinar: pecar, fazer penitência e voltar a pecar".
Não podemos viver isso!
Precisamos pôr mais gana no nosso desejo de uma vida santa, fazendo da confissão não um ciclo de rotina pós-pecado, mas de fato um novo recomeço na nossa vida rumo a Deus.
As nossas reincidências no pecado geralmente estão ligadas à nossa falta de vigilância e ao não fugir das ocasiões. Peçamos ao Senhor, nesse que antigamente era chamado I Domingo da Paixão, que a sua cruz refulja em nossa vida, deixando-nos sempre atentos ao que Ele espera de nós.

Comentários