MULHERES

Celebrando nesse dia a memória de Santa Catarina de Sena, creio ser importante refletir um pouco sobre o papel da mulher na Igreja olhando para essa admirável mulher.
Hoje se repensa o papel da mulher, tendo em vista a igualdade com o homem. Há alguns que crêem ser importante que homens e mulheres sejam absolutamente iguais em todas as coisas, especialmente nas coisas ruins.
Então a mulher ideal seria a que bebe, fuma, fala alto, vai para o boteco, xinga palavrões e se relaciona com todos os homens que quiser.
Falando claro desse modo, creio que se torna evidente o disparate.
Mas esse mesmo disparate é oferecido em gotas pelo mundo, e por isso, diluído em palavras como igualdade, direitos, liberdade as pessoas vão "tomando" o veneno que, dado em gotas menores só atrasa o fatídico fim.
A Igreja que reprova os mesmos vícios, independente de quem os cometa, se apresenta como a grande opressora e diminuidora da mulher em sua dignidade.
Mas não é essa mesma Igreja que ensina que a criatura humana mais excelente é justamente uma Mulher?
Não foi essa Igreja que elevou a honra dos altares inúmeras rainhas nas quais reconheceu de modo admirável as virtudes, especialmente a sabedoria que as levou a serem as grandes propagadoras da fé em seus reinos?
Não foi essa Igreja que nunca escondeu que o seu Divino Fundador foi abandonado por praticamente todos os seus discípulos homens, mas que as mulheres, muito mais corajosas e fortes estiveram com Ele até o fim?
Essa mesma Igreja sempre ensinou que o Ressuscitado apareceu por primeiro a uma mulher.
Foi também a Igreja que desvinculou da mulher a sua "utilidade sexual e reprodutiva" para exaltar a virgindade consagrada.
Olhemos agora para a celebração hodierna.
Catarina que sequer freira foi, aprendeu a ler no fim de sua vida e morreu com apenas 33 anos, foi a grande conselheira de Papas e uma das maiores reformadoras da Igreja.
Catarina compreendia a grandeza do Papado, exatamente por isso, dirigiu palavras duras ao Papa, chamando-o claramente a ser homem... ao mesmo tempo em que lhe atribuía ser o "doce Cristo na terra".
Catarina compreendia que a sua grandeza não era masculinizar-se ou clericalizar-se, era ser mulher. E como mulher cristã não cruzou os braços diante dos sofrimentos da Igreja, nem de seus irmãos.
Penso especialmente nas mulheres que me lêem.
Sejam mulheres!
Resgatem a pureza, a inocência, a sensibilidade, a perspicácia com a qual o Senhor as dotou muito mais do que aos homens.
Cuidem de seus corpos com carinho e modéstia.
A Igreja se orgulha de vocês! A Igreja confia em vocês! A Igreja sabe de suas capacidades e de sua grandeza.



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