PENITÊNCIA

Quando se entra na Basílica de S. Pedro no Vaticano, logo à esquerda, uma das primeiras imagens que vemos é a de S. Pedro de Alcântara. Uma particularidade dessa imagem é que há um cilício pendurado próximo a ela.
Aquele cilício não deixa de ser um silencioso lembrete a todos os católicos que encontram nessa Basílica a casa comum de toda a cristandade: penitência.
No Santo Evangelho desse terceiro domingo da Quaresma, Nosso Senhor nos traz dois grandes ensinamentos. Primeiro, as coisas ruins que acontecem não necessariamente são castigos de Deus. Segundo, para evitarmos os castigos de Deus, necessitamos fazer penitência.
Não gostaria de criticar os tradutores da Sagrada Escritura. Mas sinto a necessidade de fazer uma observação.
Em latim, converter-se e penitenciar-se são o mesmo verbo.
Por isso, o que hoje ouvimos como " se não vos converterdes" poderia ser igualmente traduzido como "se não fizerdes penitência".
A questão é que quando a maioria das pessoas pensa em conversão, talvez pense numa realidade mais intelectual do que prática...
E de tanto pensar na necessidade de nos convertermos, esquecemos de fazer penitência que é o que nos leva à conversão.
Ou penitência, ou inferno. Essa é a realidade.
Queridos amigos, aproveitemos esse tempo da Santa Quaresma para vivermos intensamente a penitência corporal, para que castigando nossos caprichos e maus desejos, possamos acostumar nosso coração a obedecer a Deus.

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