INVEJA

Ouvimos na Santa Missa de hoje a história de Caim e Abel. Pode nos parecer estranho o fato de que Deus acolha um sacrifício e não o outro, todavia, há uma questão de maior importância, o que perdeu Caim?
Nada.
Não temos bases para pensar que Caim tivesse oferecido de má vontade o seu sacrifício, mas o fato de que apenas o sacrifício de seu irmão tenha sido acolhido por Deus, deu para Caim duas possibilidades: abrir seu coração para a alegria, uma vez que o sacrifício de seu irmão foi acolhido por Deus, e se alegrar com Abel. Ou, abrir seu coração para a tristeza pelo sucesso de seu irmão, e como não pode nada contra Deus, matar o seu irmão.
O invejoso, queridos amigos, não odeia tanto os seus semelhantes, mas odeia a Deus.
Esse ódio contra Deus, manifestado no ódio contra seus semelhantes, é concebido no coração do invejoso quando ele constata a alegria do próximo. Por isso, a definição clássica da inveja é a tristeza que se sente diante da felicidade alheia.
Peçamos hoje ao Senhor a graça de sabermos nos alegrar com os que se alegram, o que é mais difícil do que chorar com os que choram.

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