CONTRÁRIO

No Santo Evangelho de hoje, S. Marcos nos conta que os discípulos estavam cansados porque o Senhor os tinha obrigado a entrar no barco, e em alto mar o vento era contrário.
Bento XVI comentando esse texto do Evangelho, diz que a barca da Igreja é continuamente e em todos os tempos, agitada por ventos contrários.
Esses ventos contrários não são de fora da barca, mas no seu interior. Vários Papas, especialmente S. Pio X, declararam que os maiores inimigos da Igreja não estão fora dela, mas no seu interior.
A Igreja avança, apesar dos pesares, através dos seus santos.
São os Santos que levam a Igreja adiante. Por isso, cabe-lhes enfrentar o ódio daqueles que são o"vento contrário".
O caminho mais comum daqueles que querem destruir os Santos é a calúnia. Foi assim com Jesus, com S. Estêvão e com uma multidão de almas escolhidas.
A calúnia é um meio excelente de destruição, porque dá ao caluniado dois caminhos: calar-se, e nesse caso não faltarão os que dirão que "quem cala consente..." ou o obrigarão a defender-se, e nesse caso dá a oportunidade de surgir ainda mais calúnias, e, ainda que ele consiga rebater todas elas com todas as evidências, alguém ainda dirá: "Não sei... onde há fumaça, há fogo..."
Os "ventos contrários" cansam, um cansaço de morte, mas o mesmo Senhor que "obrigou" a entrar na barca, em algum momento, subirá nela. E só a sua presença calará o vento.

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