CASAMENTO

No Santo Evangelho da Missa desse II Domingo do Tempo Comum ouvimos a leitura das bodas de Caná.
Houve um casamento...
Não se mencionam os noivos, mas houve um casamento.
Mais importante que aqueles noivos, era o casamento que o casamento deles simboliza.
Esse é o casamento de Deus com seu povo, de Cristo com a sua Igreja.
O Profeta Isaías apresenta Deus como um noivo que desposa o seu povo. Israel não será mais a esposa abandonada, deserta. Mas será a querida, a alegria de seu Deus.
Desse modo, já começa a delinear-se o que será a relação de Deus com o povo da nova aliança.
Um matrimônio, um casamento.
Houve um casamento...
Esse é o casamento de Jesus com sua Igreja.
Se esse casamento é perfeito por causa do noivo, pode acontecer algum imprevisto da parte da noiva.
Essa noiva, que é santa, é também marcada pelas debilidades de cada um de nós.
Santo Agostinho aplica à Igreja a marcante expressão "casta meretriz". Assim é a Igreja, santa da parte de Deus e sempre necessitada de conversão por causa de mim e de você.
Houve um casamento...
E a Mãe de Jesus estava presente.
A Mãe de Jesus, a Mulher, está sempre presente no casamento como aquela que chega para providenciar como "onipotência suplicante" que é, o que vier a faltar.
Houve um casamento...
E seus discípulos creram nele...
A fé é a aliança desse casamento.
Pela intercessão de Maria, Jesus faz o milagre, e isso desperta a fé dos discípulos. Ali, naquele momento, a Igreja começa a desposar Jesus. Os discípulos daquela hora e desta hora, de agora, quando crêem, se deixam conquistar pelo Senhor e se tornam, como nova Jerusalém a alegria do seu Deus.

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