ENTREGAR, RESGATAR, PURIFICAR

Quando falamos em nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, precisamos ter em mente que são dois nascimentos: um antes de todos os séculos, na eternidade, o Verbo nasce do Pai, como o conhecimento, a sabedoria do Pai. Nesse nascimento, o Verbo nasce consubstancial ao Pai, sendo Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro.
Hoje celebramos o Seu nascimento segundo a carne, quando Ele nasceu da Virgem Maria, assumindo a nossa substância, a nossa natureza.
E porque Nosso Senhor Jesus se fez homem?
Na Missa da Noite de Natal, ouvimos um trecho da Carta de S. Paulo a Tito. No final do texto Paulo elenca três verbos que nos explicam a razão pela qual o Verbo se fez carne.
"Ele se entregou por nós": O Verbo se fez carne para se entregar. Para dar essa mesma Carne, esse mesmo Sangue, recebidos de Maria, por cada um de nós.
"Para nos resgatar de toda maldade": o resgate é o preço pago em troca de algo. Ele nos resgata sendo o seu Sangue a sua moeda. Ele nos resgatou nos comprou pelo preço de Seu Sangue que começou a ser derramado oito dias após o seus nascimento, em sua circuncisão, e se esvaiu em profusão sobre o Altar que Ele mesmo escolheu: a Cruz.
"E purificar para si um povo que lhe pertença": não basta o derramamento do Seu Sangue. É preciso que esse "Sangue caia sobre nós", é esse Sangue que nos purifica. Ele desceu do céu para que nós pudéssemos subir, Ele se fez nosso para que pudéssemos ser dele.
Em seu Santo Natal, Ele cumpriu aquela Palavra do Cântico: Dilectus meus mihi, et ego illi. Eu sou do meu amado e o meu amado é meu!

Comentários