EIS QUE VENHO

Podemos imaginar 4 formas de passar o Natal.
A primeira é a absoluta negação. Consciente ou inconsciente o dia do Natal não existe. O Natal não significa nada, não é nada. Por mais absurdo que possa parecer, há lugares onde o Evangelho não chegou e nem mesmo culturalmente há alguma referência ao Natal. E também há pessoas que por algumas razões, como traumas e decepções, simplesmente deixam de lado essa data.
A segunda seria reduzir o Natal à uma celebração cultural. Talvez essa seja a mais comum. No nosso caso parece que celebramos uma festa cultural norte-americana. A decoração e tudo o mais nos remetem a um inverno que nem de longe se parece com nosso calor tropical... As músicas em inglês, o Papai Noel com roupas de inverno... tudo se torna uma celebração cultural de troca de presentes e desejos de coisas boas.
A terceira seria muito comum entre nós cristãos: recordar o nascimento de Jesus. Olhamos o Menino no presépio, cantamos noite feliz e deixamo-nos levar por sentimentos de ternura para com o Nascido, tal como se chegasse mais uma criança em nossa família.
Essa certamente é melhor do que as anteriores. Mas haveria uma quarta, ainda mais perfeita, onde se nos apresenta o sentido mais profundo da Solenidade que se aproxima e que nos foi proposta na II Leitura da Missa de hoje, tirada da Carta aos Hebreus.
Nela o Apóstolo nos faz perceber a sombra da Cruz que paira sobre a manjedoura: "Me formastes um corpo... eis que eu venho para fazer a tua vontade".
O Natal não é tanto o aniversário de Jesus, mas é o início da Salvação que se concretiza no seu Sacrifício sobre a cruz. A Igreja cantará no dia de Natal: Hoje apareceu o Salvador.
Nesse pouco tempo que falta para a Noite Santa de Natal, recordemos que Aquele que vai nascer, veio para buscar o Adão que se perdera e que vive em cada um de nós.

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