CERTEZA?

Ouvimos no Santo Evangelho o anúncio do nascimento de S. João Batista, consagrado o maior de todos os profetas. O Evangelista S. Lucas nos põem quase que em paralelo os dois anúncios: o do nascimento do Precursor e o de Nosso Senhor.
Nesses anúncios há duas perguntas muito parecidas. Começando pelo de Nosso Senhor, ali, Nossa Senhora pergunta a S. Gabriel: "Como acontecerá isso?..."
No de S. João Batista, S. Zacarias pergunta: "Como terei certeza disso?"
Se Maria Santíssima apenas o interroga o modo, Zacarias não interroga sobre o modo, mas exige certeza, deseja garantias.
A garantia brota da dúvida. Quando não confiamos suficientemente no interlocutor é natural que peçamos garantias.
Ao não crer na palavra de Deus vinda através do Arcanjo, é Zacarias que perde a fala.
O que duvidamos de Deus, é o que acabamos por perder.
Quando duvidamos de sua misericórdia, perdemos o seu perdão.
Por isso, S. Bento exorta em sua regra: "Nunca desesperar da misericórdia de Deus".
Desesperamos quando olhamos demais  para nós mesmos.
Nesse Natal que se aproxima tudo nos convida a olhar mais para o outro e menos para nós. Nossas preocupações com ceia, presentes, encontros, nos fazem esquecer um pouco de nós mesmos e as vezes até nos levam ao sacrifício das ruas quentes, lojas cheias e filas para todos os lados... e tudo isso pensando nos outros, na alegria e bem-estar dos outros.
Que essa atitude se torne mais habitual em nossa vida. Que olhemos menos para nós mesmos, mais para o próximo e muito mais para Aquele que está mais perto de nós do que nós mesmos.

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