LICÕES

Dizem que numa cidade da Espanha há uma praça com um nome bem curioso: Praça do Alívio. A razão do nome é que essa praça fica próxima a um cemitério, e quando os enterros passavam pela praça, só continuavam no cortejo aqueles mais próximos ao defunto, de modo que os demais voltavam para casa "aliviados" por não serem tão próximos daquele que tinha morrido...
Mas no dia de hoje, não existe essa praça para nós. Amorosamente a Santa Mãe Igreja nos conduz a todos nesse dia ao confronto com a realidade da morte, e o faz, não tanto pela dor que esse confronto gera, mas para mais uma vez recordarmos as lições que essa mestra - a morte - nos dá.
A primeira lição é a de que estamos juntos. A aparente separação da morte potencializa uma presença ainda maior. Não experimentamos isso? Quantas vezes aquele que se foi se torna mais presente em nossa vida a partir do momento em que nos foi tirado... E essa união precisa gerar em nós essa comunhão de orações, no dia de hoje especialmente nós por eles. Maxime através da Indulgência Plenária desses dias.
Rezar pelas benditas almas do Purgatório precisa ser uma devoção constante de nossas almas.
Uma outra lição é o valor infinito da Santa Missa, por permissão especial para o dia de hoje, todos os padres podem celebrar três Santas Missas, porque nada pode dar mais alívio às almas do Purgatório do que o Santo Sacrifício da Missa.
Outra lição, dentre tantas, é a brevidade da vida, nossa e dos outros.
Os antigos se perguntavam: "O que é isso diante da eternidade?" Essa mesma pergunta poderá nos ajudar a ponderar melhor a maioria (ou todas) das coisas que nos tiram a paz.
E a efemeridade dessa vida nos levará a admirarmos a eternidade de Deus. Quando o então Duque de Gandia, futuro S. Francisco de Borja, viu o cadáver putrefato da Imperatriz Izabel disse: "Jamais servirei a senhor que possa morrer!" Que esse mesmo desejo nos anime e reanime até que estejamos com aquele Senhor que porque morreu por nós, jamais poderá morrer.

Comentários

Postar um comentário