VAIDADE


No livro do Qohelet encontramos a curiosa expressão: "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade". Quando pensamos em vaidade, talvez nos venha à mente uma senhorita sentada em frente do espelho com um kit de maquiagem... vaidade...
Na verdade o Qohelet, ou seja, aquele que está na qahal, na assembleia (Eclesiastes), não está revelando a vaidade feminina ou masculina, o cuidado com a aparência física ou coisas do tipo... A palavra hebel, que nesse caso é traduzida como vaidade, seria literalmente algo como vapor, nuvem, vento leve...
A compreensão de vaidade aqui é de algo que é vão, não adianta, porque vai passar.
Não é essa compreensão necessária para nós?
Sempre! Tudo é vão. Tudo passa.
Estamos bem? Aproveitemos, glorifiquemos o Senhor, mas isso vai passar.
Estamos tristes, desolados? Confiemos! Isso também vai passar.
Tudo é um vapor, uma nuvem que passa.
Os ciclos quase eternos da vida e do trabalho humano não são novidade. Nada há de novo debaixo do sol. Não somos os mais felizes, nem os mais infelizes. Só estamos vivendo uma vida que também passa.
Por isso, o Qohelet nos recorda essa sabedoria concreta do "hic et nunc", aqui e agora, que nos desperta dos sonos e sonhos, para um hoje que certamente não será eterno, mas que é o que temos para amar a Deus.

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