SÃO COMO CRIANÇAS

No Evangelho da Missa de hoje, antigo e sempre novo, Nosso Senhor aponta para a constante insatisfação dos judeus de seu tempo. Para os quais João não poderia ser um enviado de Deus por ser um penitente e Jesus também não poderia por ser "normal" demais...
Não é a mesma coisa que acontece conosco nos dias de hoje.
Rejeitamos todos os sinais de Deus, porque não são nossos.
Os nossos sinais é que valem. Os de Deus não.
Não queremos nos tornar imagem de Deus, queremos que Deus se torne imagem nossa.
Não estaremos querendo encaixar Deus nas estreitezas de nossos pensamentos?
O problema dos judeus não era a penitência de João, ou a proximidade de Jesus.
O problema dos judeus era a estreiteza do coração.
Merton gostava de apontar a maturidade como o momento em que percebemos os outros, não em função de nós, mas conosco.
Por isso tantos se encontram numa absoluta imaturidade.
Ou porque não percebem os outros ou porque só conseguem entender os outros a partir do grande ponto central do Universo, por acaso eles mesmos...
Desviemos um pouco o foco dos nossos sinais. E olhemos para os sinais de Deus.

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