A FÉ COMO MEIO DO AMOR

No Evangelho de hoje, Nosso Senhor expulsa um demônio que proclama bem forte quem é Jesus. O demônio sabe perfeitamente que aqu'Ele que o expulsa é o Santo de Deus.
Diante de uma proclamação tão solene, e talvez uma das mais belas definições de quem é Jesus, o Senhor lhe ordena que se cale e que deixe aquele homem.
A "profissão de fé" do demônio, não tem valor algum diante de Jesus, porque não é conduzida ao amor. A fé é um meio, um caminho, que deve conduzir ao amor.
Os demônios, ao se afastarem de Deus que é amor, rejeitaram o amor para sempre, por isso são incapazes de amar, o seu conhecimento de Deus, infinitamente superior ao nosso, não lhes gera amor, mas ódio, quanto mais conhecem a Deus, mais o odeiam.
Já foi dito que a fé sem o amor é um atributo do demônio: Se crês e não amas és igual aos demônios, ou como no dizer de S. Tiago: os demônios também crêem e estremecem!
Também nós corremos o risco de dissociar a fé como meio para o amor, e fazer da fé um fim.
Bento XVI ao falar da fé costumava apresentar uma visão dupla: a fé como conjunto de coisa que cremos e a fé enquanto confiança. Ambas, precisam levar ao amor.
João Paulo I, costumava recordar a necessidade de que se tivesse bons livros que compendiassem de forma simples as verdades de fé, para que se pudesse tê-las bem presente na memória. Uma vez conhecendo, somos levados a confiança, a ato de entrega ao abandono nas mãos de Deus. E conjuntamente ao crer e ao confiar, precisamos crescer no amor. O amor é o fim último e é também o motor para que busquemos conhecer mais e consigamos confiar mais.

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