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Mostrando postagens de agosto, 2024

S. RAIMUNDO NONATO

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 Meus caros amigos, findando o mês de agosto e, como que nos preparando para o mês de setembro onde vamos celebrar a Festa de Nossa Senhora das Mercês, hoje recordamos a S. Raimundo Nonato. este Santo, ingressando na Ordem dos Mercedários, cujo fim principal era salvar da escravidão e da apostasia os cristãos em terras muçulmanas, foi um grande missionário. Quase "não nascido", daí o nome "no - nato" porque foi extraído do ventre de sua mãe que falecera no trabalho de parto,  na Espanha, ele foi para a África com três grandes objetivos: libertar os cristãos escravizados, fortalecer os que ainda estivessem na escravidão para que não apostatassem, e converter os infiéis. Chegou a se oferecer em troca da libertação de alguns fiéis, e, tendo a oferta sido aceita, começou a converter os carcereiros num ponto tal, que literalmente trancaram a sua boca, com um cadeado, dentre outras horrendas torturas durante terríveis oito meses. Enfim libertado, volta para sua terra nata

ROSA

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  Meus caros amigos, Celebramos hoje a Festa de S. Rosa de Lima.  Essa mulher de encantadora beleza externa e infinitamente mais interna, chamava-se na verdade Isabel, sendo apelidada de "Rosa" desde criança, justamente por sua beleza. A Igreja celebra-a com particular alegria por ser das primeiras santas do Novo Mundo, sendo um sinal de que o sacrifício de tantos missionários trouxe o único resultado que se esperava, os habitantes do Novo Mundo encontrando após a morte sua morada eterna no Paraíso. Embora a vejamos vestida de religiosa, Santa Rosa na verdade não entrou num convento, mas viveu uma vida de profunda devoção, nos passos de S. Domingos, tal como S. Catarina de Sena. Vivendo de forma recolhida, rompendo com o mundo e seus chamados, conservando a virgindade e sendo generosa na prática das penitências, esse jovem mulher alcançou os píncaros da santidade. Meus caros amigos, quando lemos o Santo Evangelho, vemos que é muito mais comum Nosso Senhor chamar as pessoas pa

O CORDEIRO SEJA PERFEITO

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  Meus caros amigos, Quando Deus estabelece os sacrifícios com o qual devia ser honrado pelos judeus, Ele prescreve que “a vítima seja perfeita”. Essa prescrição, vêm de encontro a uma espécie de instinto mal que o homem poderia ter de considerar a oferta a Deus uma perda; se a oferta a Deus é uma perda, seria uma ótima ideia ofertar algo imperfeito, algo que eventualmente seria descartado, mas que, numa obra de religião, seria ofertado a Deus. Um cordeirinho doente, uma pomba de asa quebrada, uma medida de azeite cujas azeitonas já estavam um tanto passadas... Porém, Deus exige que a vítima seja perfeita. Isso se grava tão forte na mente dos fiéis que, muitas vezes, quando falamos dos sacrifícios de Caim e Abel, imaginamos e dizemos que Caim teria ofertado a Deus coisas imperfeitas, enquanto que o relato bíblico em nenhum momento afirma isso. Em nossa mente, seguindo uma santa lógica – tal como a de S. Maria de Bethânia –   existe uma equação: perfeito = digno de Deus. S

A IGREJA PRECISA DE MIM?

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  Meus caros amigos,  Não poucas vezes ouvi de pessoas muito importantes na Igreja que, de algum modo, a Igreja precisava delas.  Que em suas paróquias ou dioceses eles seriam de fundamental importância para, de algum modo, estancar a crise que sem grande esforço percebemos se lançar sobre a Santa Igreja. Essas pessoas - ainda que não dissessem tão claramente como estou dizendo - julgavam-se importantes e não queriam deixar suas funções, sem as quais deixariam de fazer o seu suposto bem enorme à Igreja. Era um catequista, um ministro disso ou daquilo, um músico sem os quais, em seu próprio entender, a sua paróquia cairia num abismo sem fim. A primeira coisa que me ocorre dizer à essas pessoas é que façam um longo passeio num cemitério.  O cemitério é o local onde estão todos os importantes, todos os essenciais, todos os fundamentais, todos os insubstituíveis. Meus caros amigos, tudo a que nos agarrarmos nesta vida, mesmo serviços ou carreiras eclesiásticas seremos, nem que seja pela mo

SANTA CLARA

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  Meus caros amigos, celebramos hoje a Festa de Santa Clara de Assis, Virgem e Fundadora com N. P. S. Francisco das Damas Pobres. Gostaria de compartilhar com os caros leitores um trecho da Bula do Papa Alexandre IV que a canonizou:  “Clara, preclara por seus claros méritos, clareia claramente no céu pela claridade da grande glória (…) sua virtude resplandece para os mortais com sinais magníficos. Esta Clara foi distinguida aqui por suas obras fúlgidas, esta Clara é clarificada no alto pela plenitude da luz divina. Ó Clara, dotada de tantos modos pelos títulos da claridade! Foste clara antes da conversão, mais clara na conversão, preclara por teu comportamento. O mundo recebeu de Clara um claro espelho de exemplo. Em casa foi luminosa como um raio, no claustro teve o clarão de um relâmpago. Brilhou na vida, irradia depois da morte! Foi Clara na terra e reluz no céu! Como é grande a veemência de sua luz e como é veemente a iluminação de sua claridade! Ficava esta luz fechada no

SÃO LOURENÇO

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  Meus prezados amigos, Celebramos hoje a Festa de São Lourenço. Essa comemoração pode parecer um tanto estranha uma vez que S. Lourenço era um diácono romano e não celebramos com esse grau de comemoração sequer a maioria dos Papas Santos. A importância de S. Lourenço, que, era espanhol, para a Igreja Romana está no que ele era para aquela Sede Apostólica e o que se tornou para todo o mundo católico. S. Lourenço era o arque-diácono do Papa S. Sixto II, cujo martírio celebramos há poucos dias com outros companheiros. Cabia ao arquidiácono a administração dos bens da Igreja revertendo-os para o culto divino e para os pobres. Assim, S. Lourenço era diretamente responsável pelo Santo Cálice, que S. Pedro levara consigo duzentos anos antes para Roma e com o qual o Papa celebrava o Santo Sacrifício (um resquício disso está no Cânon da Missa quando o sacerdote diz: “Ele tomou este preclaro cálice...”) e também responsável por distribuir os bens materiais que a Igreja recebia em benefíci

O CURA DE ARS

  Muito diletos amigos, Recordamos hoje a Festa do Santo Cura de Ars, S. João Maria Vianney, um santo que praticamente durante 40 anos tornou uma das últimas paróquias da França um exemplo de piedade, de devoção, de modéstia, de respeito aos domingos e dias santificados. Nosso Santo, vencidas as dificuldades no Seminário e finalmente ordenado padre, fica aos cuidados do único sacerdote que acreditava realmente em sua vocação e durante três anos não tem licença para confessar, uma vez que se julgava que o nosso Santo, grande confessor num futuro breve, era ignorante para orientar almas. Ambos sacerdotes em santa emulação maceravam seus corpos com duras penitências e jejuns ao ponto de a cozinheira e depois os próprios paroquianos foram ao Bispo reclamar que seus padres simplesmente não comiam. O Bispo despediu a ambos chamando-os de “afortunados por terem sacerdotes que faziam penitência pelos pecados de seus fiéis.” Quando da morte do seu mestre, Pe. Balley, o Pe. Vianney é env

NOSSA SENHORA DAS NEVES

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  Meus caros amigos, Celebramos nesse dia 05 de agosto a Festa da Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Esta Basílica, a primeira do Ocidente dedicada à Santíssima Virgem, tem sua origem no milagre de que em pleno verão romano – sempre muito quente – um monte, o Esquilino, aparecesse coberto de neve, daí que a festa de hoje também se celebre com o nome de Nossa Senhora das Neves; porque foi a neve o sinal com o qual a Santíssima Virgem assinalou o local em que queria a nova igreja. Somos filhos da Igreja Romana, não apenas como sinônimo de Igreja Católica, mas somos filhos diretos da daquela Igreja em particular, em certo modo, daquela diocese de Roma. Por isso, muitas festas que são celebradas no mundo inteiro tiveram seu começo em celebrações particulares de Roma: a festa de S. Miguel por exemplo no dia 29 de setembro é originalmente a festa da Dedicação de uma Igreja existente na Via Salária. Roma, caput mundi; Roma, a capital do mundo, não é uma expressão ultra

FAZER O BEM

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  Meus caros amigos, Nesse décimo primeiro domingo após o Pentecostes nos encontramos com o Apóstolo S. Paulo que, revê a sua vida à luz da graça de Deus. Nessa perspectiva, que deve ser sempre a nossa, o reconhecimento de sua indignidade, de seus pecados, de suas maldades, não conduz ao desespero, mas ao reconhecimento de que a graça de Deus pode absolutamente muito mais. Desse modo, quanto mais baixo se tenha chegado, tanto mais se reconhece agradecidamente o quanto Deus, pela graça nos elevou. E é essa percepção de que a graça de Deus agiu e age em nós, que nos leva a fazer com que essa graça não seja inútil. De que possamos agir sempre em conformidade com a graça do Senhor, e, se assim fizermos, tal como Nosso Senhor, passaremos fazendo o bem. Quando se está em Paris, na Rua de Sèvres, encontramos a Igreja que guarda numa belíssima urna o corpo de S. Vicente de Paulo, sobre ele está escrito exatamente essa frase: “passou fazendo o bem”. E que bem! São Vicente, cuja festa ce

AGOSTO: MÊS DA VOCAÇÃO SACERDOTAL

 Meus prezados amigos, Estamos no mês de agosto, que pela celebração no dia 08 de S. João Maria Batista Vianney, padroeiro dos padres, passou a ser considerado o mês das vocações. Mas quando se pensou em dedicar o mês de agosto às vocações, se tinha uma ideia mais estrita de vocação: a vocação sacerdotal. É verdade que somos chamados à vida, à santidade, alguns ao matrimônio e algumas profissões são consideradas realmente uma vocação. Mas a palavra vocação na Igreja é praticamente um termo técnico referindo-se ao chamado que Deus faz a um jovem para o seguir. Na festa de ontem, de S. Afonso Maria de Ligório, o Senhor mesmo dizia que a messe é grande e os trabalhadores são poucos. Diante dessa questão, Nosso Senhor não disse: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos, instituí pois suplentes para os trabalhadores da messe.”, Mas o Senhor, ao constatar que são poucos os seus sacerdotes, deu imediatamente a solução do problema: “pedi, pois, ao dono da Messe, que envie traba

AO CARO BERNARDO

  + PAX! Prezado Sr. Bernardo, Não sou muito ligado à internet ou redes sociais, de modo geral sei o que outros me enviam. Nesse sentido, pude conhecer ao menos parte de seu trabalho e, não tenho razão para ocultar isso, admirar o seu trabalho. Porém, chegou até mim uma pequena afirmação sua, mas que pode fazer uma injustiça muito grande, que seria a de que a Fraternidade S. Pio X não seria “sedevacantista”, nome que em si mesmo é um despropósito, mas que agiria como. Primeiro, meu caro Bernardo, creio ser bom clarear que na história da Igreja aqueles que não aceitaram os Papas, ou aceitaram até certo Papa e depois rejeitaram os demais (como é o caso dos ortodoxos) não são sedevacantistas, são cismáticos. Não reconhecer o Papa como chefe visível da Igreja, e, consequentemente não reconhecer os Bispos em suas sedes (que recebem do Papa), constitui cisma. Sedevacantista é um infeliz eufemismo. Mas voltemos à Fraternidade S. Pio X com seu “sedevacantismo prático”, segundo a