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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

ARCO

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Na primeira leitura da Missa de hoje, como sinal de sua aliança, Deus coloca um Arco nas nuvens, o Arco Iris. O Arco nas nuvens é o sinal de que a bênção de Deus jamais cessaria, que o castigo não voltaria que para sempre teria a vida na terra. O Papa S. Paulo VI e todos os seus sucessores utilizaram um báculo com um crucifixo estilizado, e que traz a haste horizontal da cruz curvada, como um arco, um arco nas nuvens, um novo arco da aliança. Não sei se esta era a intenção do artista Lello Sorzelina, autor da peça, mas para mim, sempre recordou que a cruz do Senhor é um novo arco nas nuvens, como se recorda no Cânon de Hipólito (que deu origem a Oração Eucarística II) o Cristo de braços abertos para vencer a morte e manifestar a ressurreição é o sinal único e eterno da Aliança nova e eterna de Deus com a humanidade. Queridos amigos, a cruz é a nova aliança, o Cristo pendente da cruz se mostra a nós o fim de todos os castigos, a destruição de todas as maldições e fonte de toda a vi

SACRIFÍCIO

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Na Primeira Leitura da Missa de hoje, ouvimos o relato do sacrifício de Noé. Embora tenha sido precedido pelo de Abel, o sacrifício de Noé vem inaugurar esse costume de fazer a aliança com Deus através de celebração sacrifical. O culto sacrifical está na essência do cristianismo. De modo que o Sacrifício de Cristo, razão de sua vinda, foi não só prefigurada pelos sacrifícios da antiga lei, como veio ab-rogar todos os outros sacrifícios. O sacrifício está no centro do culto cristão. No sacrifício há duas realidades complementares: o homem que oferece o sacrifício e o Senhor que oferece o seu dom. Em Cristo, as duas realidades se unem: Ele é o conteúdo do sacrifício e, ao mesmo tempo, é o dom do Pai oferecido a nós. Nossa participação se dá através de nossa união a Cristo pelo Batismo, enxertados n'Ele como ramos na vide, somos com Ele sacrifício a Deus e dom aos irmãos. Caros amigos, necessitamos ter tudo isso bem forte em nossa mente, para que realmente participemos da cele

DILÚVIO

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Ouvimos hoje a narração do Dilúvio. Nele Moisés nos conta que Deus se arrepende de ter feito a criação porque a maldade do homem chegou a um limite insustentável. Sendo assim, através da água Deus extermina todas as coisas para, a partir de Noé e da Arca renovar a criação. Queridos amigos, essa atitude de Deus pode parecer radical demais. E parecerá tanto mais radical quanto mais nós nos negamos a arrancar de nosso coração o que nos afasta de Deus. Sempre temos o desejo de contemporizar, de barganhar, de acender uma vela a S. Miguel e outra ao diabo... Com o pecado não há conversa. Fora! No dia de nosso batismo essas águas de morte e de destruição também chegaram até nós, e ao nos tocarem se tornaram fonte de vida e renovação. Mas não nos enganemos, no dia do Batismo morremos para tudo o que nos afasta de Deus. E assim - mortos - precisamos continuar aos olhos desse mundo, para que a vida de Cristo refulja em nós.

INVEJA

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Ouvimos na Santa Missa de hoje a história de Caim e Abel. Pode nos parecer estranho o fato de que Deus acolha um sacrifício e não o outro, todavia, há uma questão de maior importância, o que perdeu Caim? Nada. Não temos bases para pensar que Caim tivesse oferecido de má vontade o seu sacrifício, mas o fato de que apenas o sacrifício de seu irmão tenha sido acolhido por Deus, deu para Caim duas possibilidades: abrir seu coração para a alegria, uma vez que o sacrifício de seu irmão foi acolhido por Deus, e se alegrar com Abel. Ou, abrir seu coração para a tristeza pelo sucesso de seu irmão, e como não pode nada contra Deus, matar o seu irmão. O invejoso, queridos amigos, não odeia tanto os seus semelhantes, mas odeia a Deus. Esse ódio contra Deus, manifestado no ódio contra seus semelhantes, é concebido no coração do invejoso quando ele constata a alegria do próximo. Por isso, a definição clássica da inveja é a tristeza que se sente diante da felicidade alheia. Peçamos hoje ao Sen

ETERNIDADE

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No Santo Evangelho desse VI Domingo do Tempo Comum, ouvimos as bem-aventuranças do Evangelho de S. Lucas. Alguns estudiosos apontam esse texto como mais antigo que o de Mateus, por causa de sua simplicidade e até mesmo de sua dureza. De fato, no Evangelho de Mateus, fala-se em pobreza de espírito, enquanto que aqui se fala simplesmente de pobreza, por exemplo. A objetividade das bem-aventuranças de Lucas e também os "ais" seguintes, apontam diretamente para a vida eterna. Aqueles que sofrem aqui, encontrarão na vida eterna a consolação que lhes faltou nessa vida. Queridos amigos, também o Apóstolo na Epístola da Missa, recordou-nos que nossa esperança não é só para esse mundo, mas para a vida eterna. Todavia, nós somos muitas vezes, como disse o Apóstolo, dignos de compaixão, porque embora digamos crer numa vida após a morte, queremos tudo para essa vida. Há um céu. Há um paraíso. Há uma casa preparada para nós por Deus Nosso Senhor. Que aquilo que nos falta aqui nos fa

EVA

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Imediatamente após ouvir de Deus que é pó e ao pó retornará Adão dá a sua mulher o nome de Eva, Mãe de todos os viventes. Não deixa de ser paradoxal que ao ser destinado ao sofrimento e à morte por causa do pecado, Adão reconheça em sua mulher a mãe dos viventes. Esse fato só faz sentido à luz do novo Adão. Eva é mais mãe dos moribundos do que dos viventes. Através de Eva, nascemos para morrer. Mas querendo Deus recapitular todas as coisas em Cristo, fez dele um novo Adão. E a Mãe de Cristo, que é chamada no Evangelho de João unicamente pelo nome de Mulher, é realmente a Nova Mulher, a Nova Eva. E n'Ela sim, nascemos para a vida. N'Ela nascemos pela graça para a vida sem fim, a vida eterna. Queridos amigos, recordando nesse sábado a memória da Virgem Maria, sejamos de fato, sua descendência, sejamos filhos de Maria Santíssima, trazendo seu espírito em nossa alma para glorificar o Senhor.

DIFICULDADE

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No Santo Evangelho trouxeram a Nosso Senhor um homem surdo que falava com dificuldade. Seu problema não era tanto a fala, mas a audição. Uma vez que não tinha como ouvir, não conseguia se expressar pela fala. Queridos amigos, se não ouvimos a Deus não temos como falar d'Ele. Às vezes, a dificuldade que encontramos em falar de Deus, é porque não conhecemos bem a santa doutrina. Uma vez que a fé vem pelo ouvir, aquele que experimenta incerteza em falar, pode ser porque no fim das contas, não ouviu. Os artigos do Credo precisam ser para nós realidades tão familiares como nosso próprio nome, ou nosso endereço. Que Nosso Senhor abra nosso coração para que desejemos conhecer mais a Santa Doutrina e, ouvindo a nossa fé, possamos dela falar sem dificuldade.

DENTRO

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Nesta quarta-feira da V Semana do Tempo Comum, Nosso Senhor chama para junto de si os seus discípulos e lhes esclarece que as prescrições de pureza da antiga lei eram, em sua maioria, uma recordação da pureza interior que todo homem temente a Deus deve observar. O coração humano pode ser ele mesmo uma fonte de pureza ou um charco de esgoto, depende do que conservamos nele. Se conservamos e alimentamos dentro de nós a podridão do pecado, como podemos ser puros de coração? Uma lixeira não terá odor de alfazema... Queridos amigos, que tiremos de nosso coração toda impureza para que ela não acabe por transbordar de nossos sentidos.

MISTÉRIO

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A oração é sempre um mistério. No Evangelho da Missa de hoje, ouvimos aquela cena da mulher sírio-fenícia. Não poderia o Senhor ter logo libertado a filha dessa mulher? Sim! Poderia aquela menina nem ter sido possuída, poderia ter sido libertada antes... Sim! Todavia quis o Senhor travar uma batalha com aquela mulher. Uma batalha na qual Ele sabia que iria perder. Assim é a batalha da oração, o Senhor sempre perderá. Ele gosta de perder... Se por um lado, Ele já sabe de tudo, Ele quer se informar através de nós, quer que lhe falemos. Talvez ele se faça de surdo, talvez até pareça não se ocupar de nós. Mas nos ama! E nesse amor que só compreenderemos no face a face do céu, uma única coisa nos é pedida: humildade. Para aquela mulher a imagem do cachorrinho não foi um desânimo, ao contrário, foi justamente essa imagem que a motivou a arrancar do coração de Jesus a graça que Ele já queria dar, mas só daria através dessa oração humilde. Queridos amigos, não dobremos só nossos

FECUNDOS

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Quando ouvimos o primeiro relato da criação, vemos que ao criar o ser humano, Deus o criou homem e mulher. Ao criar os demais seres vivos, a distinção de macho e fêmea está implícita, mas no caso do homem, o autor sagrado faz a distinção entre macho e fêmea, homem e mulher. Aquela diferença biológica entre macho e fêmea é apenas uma daquelas diferenças que leva à suprema complementaridade que há entre homem e mulher. Ao criar homem e mulher, Deus indica ao gênero humano que ninguém estará completo sozinho. Mesmo aqueles que na Nova Lei se consagram através do celibato, não o fazem por um simples apreço pela solidão, mas são imagens da glória futura e se complementam na Igreja Esposa. Se o homem necessita de mais alguém, também a união do homem e da mulher, querida por Deus, se faz em ordem de um prolongar. A relação homem/mulher se ordena para a geração dos filhos, sem os quais o amor não se torna em círculo fechado, mas é sempre uma porta aberta para mais alguém. Sede fecundos!

ÁGUAS

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Nesse dia 11 de fevereiro, recordamos a aparição da Virgem Maria à jovem Bernadette Soubirous em Lourdes, na França. Na primeira leitura da Missa de hoje, ouvimos o relato da criação; nele ouvimos que Deus chamou todas as águas com o nome de mar. Celebrando essa memória de Nossa Senhora, vêm à nossa mente aquela maravilhosa frase de S. Luís Maria de Montfort: "Deus juntou todas as águas e chamou de mar; Deus reuniu todas as graças e deu-lhes um nome: Maria". A água é um sinal eloquente quando pensamos na Virgem de Lourdes. Ali, Nossa Senhora fez com que brotasse aquela fonte de água milagrosa. Em sua própria vestimenta, Nossa Senhora traz uma fita azul na cintura que lhe desce pela frente, como que ao nos recordar aquela frase de Jesus: "do seu seio jorrarão rios de água viva"... Assim, é Nossa Senhora, d'Ela brota a água de nossa Salvação, Jesus Cristo, nosso Salvador. A água milagrosa é um símbolo daquela verdadeira saúde - salus - salvação que brota do

PECADOR

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Algo comum quando Deus manifesta a sua glória, seja na solenidade da visão de Isaías, seja na relativa simplicidade da pesca milagrosa, é que o homem se reconheça indigno. impuro, pecador. A grandeza de Deus, revela a nossa pequenez, e isso provoca um desconcerto, porque unido à manifestação da glória, vêm o gentil convite do Senhor a que o sirvamos. E como podemos admitir que o Deus três vezes Santo não tenha receio de nos chamar a nós mil vezes pecadores? Mas não têm! Ao contrário, confia em nós! Certa vez um ateu disse a S. Pio de Pietrelcina: "Padre, eu não acredito em Deus!", e S. Pio com um carinho que não lhe era comum em muitas circunstâncias semelhantes disse: "Mas Deus acredita em ti!" Deus crê em mim! Mas é um crer unido ao conhecimento pleno, por isso, nos chama não apesar de nossas fraquezas, mas com as nossas fraquezas que se tornam trono de sua misericórdia. Queridos amigos, somos todos chamados. Talvez ainda não tenhamos visto nem os serafi

DESCANSAI

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O descanso é uma necessidade do ser humano. Quem ficar sem descansar, conseguirá apenas se matar. Por isso Nosso Senhor chama os discípulos ao descanso, diante de toda exaustão que eles viveram na sua missão apostólica. Que necessitamos descansar, até Deus concorda. Todavia, o que é descansar? Descansar não é, como dizem os italianos, aquele "dolce far niente", doce não fazer nada... Primeiro, o descanso supõe um cansaço anterior... Ou seja o descanso precisa ser merecido! Depois, o descanso não pode ser "não fazer nada", mas fazer algo que nos relaxe, que nos dê alguma satisfação. Por fim, o descanso não pode ser um dogma. Ou seja, embora tenha ido para descansar, Jesus soube adiar o seu descanso para servir à multidão.  Também nós, queridos amigos, busquemos descansar. Mas fujamos do ócio, pior inimigo da nossa alma.

HONRADO

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Na carta aos Hebreus, o Apóstolo com firmeza recorda aos cristãos que o leito conjugal deve ser honrado. Um outro escrito dos primeiros séculos, a Carta a Diogneto, recorda que os cristãos tem a mesa comum, não o leito. A modernidade e a técnica trouxeram coisas muito boas, trouxeram grandes facilidades para que nossa vida fique melhor, mas também trouxe muitas facilidades para o pecado. A vida de um casal não é só ameaçada por coisas reais, mas talvez as piores ameaças sejam "virtuais". Na palma de sua mão, bem junto de sua aliança, o marido e a mulher tem a possibilidade de honrar ou desonrar não apenas o seu leito material, mas a graça sacramental que em nome de Cristo receberam. O mandamento da carta aos hebreus distoa tanto da impureza adúltera e incestuosa de Herodes. O coração tão sujo de Herodes não permitiu sequer que o Senhor lhe dirigisse alguma palavra quando esteve diante dele na Sexta-feira Santa. Que os casais recordem sempre que foram feitos imagens de

SIMPLICIDADE

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Na Carta aos Hebreus, o Apóstolo, recordando alguns fatos do Antigo Testamento, nos fala que não nos aproximamos de realidades sensivelmente maravilhosas: fogo, luzes, raios... Embora nos aproximemos de realidades incomparavelmente mais grandiosas, elas se apresentam com suma simplicidade. Queridos amigos, assim é a Santa Missa! Nada de mais grandioso, nada de mais simples! S. Francisco exclamava diante dos sacrários: Ó humildade sublime! Ó humilde sublimidade! Que essa humildade não nos escandalize e apreciemos o Deus que se faz pequeno, mais pequeno que os pequenos: Jesus Eucaristia.

PÚLPITOS

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Conta-se que quando o primeiro sacerdote jesuíta japonês, S. Paulo Miki foi crucificado, ele, vendo-se elevado sobre os seus algozes, percebeu que estava no púlpito mais célebre de toda a sua vida. E a partir daí começou a pregar sobre Jesus, sobre o perdão aos algozes e chamou até o Imperador para ser batizado. Queridos amigos, também a nós o Senhor nos coloca em púlpitos que não esperamos. Precisamos reconhecê-los! Somos chamados a anunciar quer agrade quer desagrade o Evangelho de Jesus. E o nosso local de anúncio será aquele onde o Senhor mesmo nos colocou, pode ser a cadeira de uma universidade ou a cama de um hospital, em todos os locais, somos chamados a levar até o fim as consequências de sermos discípulos de Jesus.

BOA

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No dia 05 de fevereiro celebramos a memória de S. Águeda, Virgem e Mártir. Essa nobre mulher quis consagrar a Cristo Senhor a sua virgindade, denunciada por um pretendente, passa por graves sofrimentos, primeiro morais, chegando a ser entregue à uma prostituta para ser "educada" por ela. Por fim, passam aos sofrimentos físicos, sendo um deles, ter os seios arrancados. Águeda ou Agatha quer dizer boa. A bondade de S. Águeda não foi aquela moleza própria dos que querem agradar aos outros. A sua bondade foi totalmente compatível com a firmeza que a fez duplamente nobre. Nobre de nascimento e mais nobre ainda em sua morte. Queridos amigos, sejamos bons. Mas não esqueçamos que não há bondade que nos ponha afastados daquele que é o único Bom.

SURPRESA

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No Santo Evangelho, ouvimos o grande exorcismo que Jesus realiza sobre aquele pobre homem possuído por legião. Todos o conheciam, tinham talvez medo dele. Talvez até alguma compaixão. E o Senhor expulsa a legião, que se volta para os porcos e provoca a sua morte. Os cuidadores dos porcos espalham a notícia, e todos vêm ao encontro de Jesus. Esperamos agora um momento de sucesso, uma aclamação popular... Mas eles mandam Jesus embora. Não querem o Senhor. Talvez uma vara de porcos seja para eles melhor do que Jesus, e melhor do que Jesus pode oferecer. Talvez também seja assim para nós. Quantas vezes tenhamos pedido para Jesus ir embora... Mas ele fica, fica junto de nós esperando que o chamemos de volta. Há também outra surpresa no final do Evangelho: o Senhor não permite que o libertado o siga, mas o manda ficar e anunciar as maravilhas do Senhor. E aquele ex-possesso conseguirá o que o Senhor não conseguiu, a conversão daquele povo. Surpresa! O Evangelho é sempre surp

VERDADE

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No Santo Evangelho de hoje, Nosso Senhor se encontra na Sinagoga de Nazaré. Num primeiro momento todos se encantam com a pregação de Nosso Senhor, mas, logo em seguida, eles se escandalizam com a "normalidade" de Jesus, afinal, é "o filho de José", e não conseguem ir além disso. Diante dessa atitude, Nosso Senhor começa a dizer algo que os incomoda, verdades que incomodam. A partir de então, a decisão de matar Jesus se torna uma constante no Evangelho. Nesse primeiro momento, Nosso Senhor vai continuar o seu caminho. Mas o seu caminho não é outro senão um caminho para Jerusalém, em certo sentido para a morte. E para a morte por causa da verdade. Quanto mais Jesus fala a verdade, tanto mais se chega a conclusão que Ele tem que morrer. Jesus é tão Verdade, que não teria outro jeito: teria que morrer. E como se faz para matar Jesus? Mentira. O que matou Jesus não foi a cruz. Foi a mentira: "Ele é um agitador", "Ele disse que não se pague o i

ENCONTRO

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Celebramos hoje a Festa da Apresentação do Senhor. Essa festa no Ocidente foi desenvolvendo cada vez mais uma conotação mariana, como Purificação de Nossa Senhora. E como Simeão chama Jesus de Luz, então se vê a Virgem como aquela que traz a luz, que dá ao mundo a luz de Jesus. Assim, as invocação da Virgem como Nossa Senhora da Luz, das Candeias, da Candelária, dos Navegantes e tantas outras. No oriente, porém, essa festa sempre teve um forte caráter cristológico, e seu próprio nome tem um forte significado: hypapante. Hypapante quer dizer encontro. Assim, a Igreja Oriental compreende a cena da Apresentação do Senhor: é um encontro. Ou melhor, vários, encontros. É o encontro de Deus com seu povo, simbolizado em Simeão e Ana. É o encontro da Nova com a Antiga Lei. É o encontro do Templo Eterno do Pai com o Templo passageiro edificado pelos homens. É o nosso encontro com o Senhor. E não podemos ir de mãos vazias... Vamos com nossas candelas, nossas velas acesas, sinal de noss

REINO

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Nosso Senhor no Evangelho de hoje nos falou do Reino de Deus. Muito já se quis dizer sobre esse Reino, especialmente nos últimos anos houve uma espécie de confusão com o Reino de Deus com uma sociedade sem classes e igualitária, o que, certamente não corresponde à verdade. Quanto ao Reino, a doutrina tradicional  nos ensina que se pode entendê-lo de três modos: o Reino de Deus é o próprio Cristo, o Reino de Deus é a Igreja Católica, o Reino de Deus é alma do fiel em graça. Concretamente no Evangelho de hoje, vemos de uma forma tão forte a Igreja: a Igreja que cresce porque semeamos, mas não cresce por nossa causa. Nós somos aqueles que dormem enquanto a semente cresce e não sabemos porque. Como pode crescer a Igreja? Somos pecadores, falhos. Tantas vezes não damos testemunho... E nossas comunidades que se transformaram em alcovas de fofoqueiros... Mas ainda sim a Igreja cresce. Cresce porque tem o Cristo, tem sua Palavra, tem os Sacramentos. É essa a força invisível que desco